Premiações ao redor do mundo apostam em novas propostas para se adequarem diante a pandemia
A
pandemia do novo coronavírus impactou diretamente a indústria musical e
cinematográfica, causando efeitos em diversos segmentos artísticos. Eventos,
como festivais de música e premiações foram adiados ou cancelados. Mas alguns
artistas musicais aproveitaram para se reinventar, promovendo shows virtuais. O
VMA, uma cerimônia global, foi uma das primeiras a experimentarem uma nova
proposta.
Foto: Lady Gaga e
Ariana Grande durante a performance de Rain On Me no VMA 2020 (Reprodução)
Na
noite de domingo (30/08) aconteceu o Video Music Awards (VMA 2020). A premiação
teve que se adaptar à situação atual, reduzindo consideravelmente o número de convidados
e fotógrafos e optando por realizar as apresentações em locais espalhados pela
cidade de Nova York, a fim de evitar aglomerações. A MTV, emissora responsável
pela premiação, ainda incluiu duas categorias que reconhecem a pandemia e
promovem uma nova interpretação: Melhor Clipe Feito em Casa e Melhor
Performance da Quarentena.
A
anfitriã da noite foi a atriz Keke Palmer, e houve apresentações de nomes
como Lady Gaga e Ariana Grande, Doja Cat, Miley Cyrus, The Weeknd, Black Eyed
Peas, BTS, e muitos outros, todas gravadas a distância. The Weeknd levou o
principal prêmio da noite com o clipe de Blinding Lights, dedicando seu
discurso a pedir justiça nos casos de Jacob Blake e Breonna Taylor, vítimas de
violência policial nos Estados Unidos. Mas o grande destaque da noite foi Lady
Gaga. Além de sua performance de Rain On Me, ao lado de Ariana Grande, a
cantora se apresentou sozinha com 911 e uma versão diferenciada de Stupid Love.
A artista levou os prêmios de Parceria e Música do Ano com Rain On Me, Artista
do Ano e a homenagem Tricon Awards, que foi entregue pela primeira vez na
história por seu trabalho em diferentes áreas do entretenimento: música, moda e
cinema.
Mas,
por enquanto, o VMA foi a única premiação a ir ao ar. O BRIT Awards, evento que
reforça o prestígio de estrelas internacionais e demarca a presença da música
inglesa no cenário mundial, foi adiado para 11 de maio. Os organizadores, que
prometem um evento “espetacular”, argumentaram temor na logística e na
segurança da celebração que ocorre na Arena O₂ londrina. Mas Geoff Taylor,
líder da empresa que administra o BRIT Awards, garante a adesão de astros da
comunidade musical, em escala mundial, e de apresentações ao vivo.
O
Billboard Music Awards, originalmente marcado para abril, teve sua data
reprogramada para 14 de outubro, em função das condições de segurança. Os
organizadores ainda não anunciaram se o evento terá ou não plateia – como
usual. Já o Grammy Latino, que consagra as melhores produções da indústria
fonográfica latino-americana, está marcado para 19 de novembro. O evento será
semelhante ao formato adotado pelo VMA, abandonando uma sede única e prometendo
a transmissão das apresentações musicais de vários locais ao redor do mundo.
“Vamos honrar a experiência musical e o poder da música. Uma forma de arte que
nos permite mostrar solidariedade, compaixão e esperança, transcendendo
linguagem, barreiras culturais e desafios globais”, declarou Gabriel Abaroa
Jr., presidente da academia do Grammy Latino.
No campo audiovisual, o Emmy, premiação mais
importante da TV americana, terá sua 72º edição totalmente virtual, abandonando
a clássica celebração em Los Angeles. A cerimônia está marcada para o dia 20 de
setembro, e inclui indicados como Stranger Things, Killing Eve e The Handmaid’s
Tale. No Brasil, terá cobertura completa por veículos como TNT e Omelete. Foto: Palco da
premiação do Emmy (Getty Images)