Feminicídio aumenta 22% em 12 estados brasileiros na pandemia
Por Luciene Sousa
A pandemia do covid-19 trouxe um aumento no número de agressões á mulheres no país, vítimas dos seus parceiros diante do isolamento social.
Segundo a pesquisa
realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a pedido do Banco
Mundial, os casos de feminicídio aumentaram 22% em 12 estados brasileiros,
entre março e abril comparado ao ano de 2019. Ouve também uma queda nas
denúncias, por motivos de muitas dessas mulheres temerem a presença de seu
agressor, e não conseguirem realizar a denúncia dentro de casa.
Dados coletados também em órgãos de segurança dos estados brasileiros, apresentaram um número bem crescente de mulheres vítimas de feminicídio, nos meses de março e abril, que de 117 vítimas subiu para o número de 143. O estado mais agravante foi o Acre, com o aumento de (300%), antes o mesmo apresentava o número de um caso dentro do bimestre e logo após a pandemia, subiu quatro o número de vítimas de feminicídio. Logo em seguida temos o estado do Maranhão com (116%), sendo o número de vítimas, de seis subiu para dezesseis, já o estado do Mato Grosso possui um aumento de seis para quinze vítimas, com o percentual de (150%). Sendo assim apenas três estados tiveram uma queda nesses dados, Espirito Santo (-50%), Rio de Janeiro (-55,6%) e Minas Gerais (-22,7%).
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AC, MT e MA (vermelho) apresentam aumento nos seus estados, enquanto MG, RJ e ES (azul) diminuíram os seus caso |
“O cenário da pandemia
acentua várias das vulnerabilidades a que as mulheres em situação de violência
doméstica já viviam. Uma delas é o fato de muitas delas estarem confinadas com
os agressores. As medidas de isolamento social são necessárias para o controle
da pandemia, mas se você sofre violência do seu companheiro e você está
confinada em casa com ele, isso pode se agravar”, explica Samira.
A ONU (Organização das
Nações Unidas), recomendou aos países que adotassem medidas para combater a
violência doméstica durante a quarentena, as propostas têm como destaque o
aumento de serviços online, e serviços de alerta e emergência em
estabelecimentos, farmácias e supermercados, e também a criação de abrigos
temporários que consigam dar o devido auxílio e apoio a essas mulheres.