Por Bruna BarretoVera Lúcia da Silva desapareceu no Grajaú região
periférica de São Paulo; em seu carro foi encontrado um corpo carbonizado, mas
a polícia ainda não confirmou a identidade.
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Reprodução: RecordTV
Nascida em Tepeorá sul da Bahia, Vera Lúcia da Silva
64 anos, foi adotada e veio para São Paulo ainda com 7 anos de idade. Começou
sua trajetória como doméstica e transformou sua história difícil em luta.
Inicialmente
ela conheceu trabalhos voluntários e na comunidade ajudou a criar movimentos
por moradia. Em 1992, fundou a ONG Auri Verde que atua com trabalho comunitário
para promover o acesso da população à princípios básicos, como saneamento
básico, pavimentação, energia elétrica e educação de qualidade. A ONG emprega
hoje 150 profissionais da área da educação e auxilia 1.500 estudantes. Fundação Auriverde Vera Lúcia da Silva, foi dada como desaparecida no
último dia (16), após uma ligação misteriosa a idosa saiu de uma das seis
creches que a instituição Auri Verde administra e não deu mais notícias.
"Ela não demora a responder mensagens, não deixa de atender ligação, e
nesse dia ela saiu para resolver questões administrativas e não atendeu o
celular. A gente identificou que havia um problema e imediatamente iniciamos as
buscas e comunicamos à polícia", disse Ricardo Rodrigues, filho de Vera.
O carro da
líder comunitária foi encontrado dia (18), carbonizado com um corpo no
porta-malas, na rua Doutor Pedro de Castro Valente na região do Grajaú, há 5 km
de distância de onde Vera foi vista pela última vez. O corpo que ainda não foi
identificado, acredita-se ser da idosa. A polícia passou a investigar o caso
como homicídio qualificado e o caso foi encaminhado para o DHPP (Departamento
Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). |