Cinema brasileiro durante a pandemia
Por Lya Fonseca
A arte é presente em nossas vidas a todo o momento; em sons, danças, esculturas, no teatro, na literatura e nas artes audiovisuais. A sétima arte—as artes audiovisuais— é um conjunto de várias artes em um formato que atrai diversos públicos pela sua enorme diversidade de conteúdo.
Esta potente indústria cultural, no entanto, por conta da pandemia tomou novos rumos. De acordo com o Jornal “O Globo”, a estimativa ronda cerca de 05 bilhões de dólares de prejuízo na Indústria Cultural— sendo 1,2 bilhões somente para bilheterias de cinema. Filmes e peças permanecem com suas datas de lançamento adiadas.
O fechamento das portas
de galerias e cinemas começou ainda em março, quando as medidas de restrições
ainda estavam em desenvolvimento pelo país. Um curto período entre a divulgação
do maio número de salas de cinema pelo Brasil, 3.500, de acordo com a
estatística da empresa Filme B Box Office.
Julho, um mês comumente
crescente para lançamentos de filmes — em decorrência das férias escolares— ainda
demonstra certo malogro em estreias. O filme em formato Live-Action “Mulan”, dos estúdios Disney, já
teve seu lançamento adiado duas vezes e, novamente, teve uma prorrogação. O
diferimento para a estreia do filme deve-se a meta ambiciosa de bilheteria. Outras
produções seguem o mesmo ritmo.
O consumo do cinema pelos
brasileiros já era díspar. O número de salas de cinemas pelos estados do norte
ao sul é desigual, e esta assimetria ao acesso à sétima arte se acentua cada
vez entre brasileiros durante a reclusão.
§
Cinemas em sessões
onlines:
A saída, então, para o
consumo da cinematografia está em sessões
onlines, por streaming— transmissões
ao vivo. Neste formato, o valor do ingresso é reduzido para gerar interesse ao
telespectador.
§ Cinemas drive-in:
Outro recurso está no
retorno dos nostálgicos cinemas drive-in.
Além da oportunidade de sair um pouco de casa, o drive-in oferece a experiência dos cinemas do século XX.
Paulo Morelli, diretor de
cinema brasileiro, afirma para o canal de notícias “Gente Ig” que o período
trata-se de um momento grave para a economia e para a cultura, porém
passageiro. Morelli afirma que os lançamentos nacionais, no entanto, terão uma
competição árdua com as produções hollywoodianas.
Até o dia 19 de Julho, a
arena Allienz parque está com programação de filmes— como La La Land, estreando
hoje no drive-in e shows de músicas— como o show de Nando Reis, no recurso
Drive-In.
Para assistir aos shows e
filmes, é preciso estar ciente dos protocolos de segurança e higienização.
“A segurança é uma questão primordial para este momento. Por isso, o Allianz
Parque seguirá todo o protocolo estabelecido pelo governo do Estado e município
de São Paulo, que regulamenta o início das atividades na configuração Drive-in”,
afirma a empresa responsável pelos eventos.
Ainda por São Paulo, os
moradores da metrópole têm outras diversas opções nos cinemas Belas Artes Drive In, atualmente com
programação prevista até Agosto, Arena Estaiada Drive-in, com entrada paga
destinada à fundações de doações e Tom Brasil Experience Drive-in.