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Pandemia agrava situação de bancos de sangue e órgãos

Por Larissa Godêncio

   Com o passar do tempo a pandemia sai do imaginário popular e pessoas voltam a dominar ruas, bares e parques; mas se tem um espaço que continua deserto são os hemocentros que, segundo a Fundação Pró-Sangue, desde junho tiveram uma queda de 60% no estoque. A situação já é considerada gravíssima, principalmente agora que cirurgias eletivas voltaram a ser remarcadas e o estado se refaz das consequências de uma pandemia.


Foto: G1



   Bancos de órgãos não estão em situação melhor. Com o alastramento da pandemia para o interior, de onde provém a maioria das doações, a capital paulista teve uma redução de 33% no número de doadores e 67% nas cirurgias só na primeira quinzena de junho. Várias entidades e figuras públicas usaram as redes sociais para conscientizar e pedir ajuda, como a Santa Casa de São Paulo, mas a medida nunca surte efeito de forma prolongada.


Foto: EnfoqueMS


     Raimunda Fonseca, aposentada que já precisou receber sangue no passado por causa de um mioma, concorda que a situação é preocupante mas irá melhorar assim que as pessoas voltarem aos postos. Como ela conta e a Fundação confirma, os hemocentros foram totalmente replanejados para evitar aglomerações: agora todas as doações devem ser agendadas com antecedência e as salas seguem vários protocolos de higiene, além de disponibilizar máscaras e antissépticos. Mesmo assim a Fundação teve de lidar com 30% de abstenção, de doadores que reservam um horário mas não comparecem. 

    Os requisitos para doação continuam os mesmos: ter entre 16 e 69 anos (sendo que menores de 18 precisam de autorização dos pais), pesar no mínimo 50 quilos e levar documento de identificação com foto recente. Já a doação de órgãos ocorre de duas formas: após morte encefálica, quando a família autoriza doação de partes como coração, córneas e ossos, ou com maiores de idade que se inscrevem no cadastro para doação de medula, pedaço do fígado entre outros.