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O aumento da produção de lixo hospitalar durante a pandemia

Por Luciene Sousa

O grande acumulo de lixo hospitalar durante a pandemia se torna mais um problema no Brasil.

A pandemia gerou um aumento na produção de embalagens plásticas usadas em hospitais. Materiais como luvas, máscaras e testes, tiveram um aumento de 23% a 37%, causando um crescimento do lixo hospitalar.

A estimativa era de que até abril no início da pandemia, mais de 50 toneladas de resíduos infeciosos se acumulassem todos os dias nos centros médicos e em hospitais de campanha. No mês de junho, o lixo hospitalar teve um aumento de 20% em comparação ao ano de 2019, segundo dados coletados pela ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Já nos meses de abril e maio houve uma queda significativa de 17% e 4,6% no país, isso ocorreu devido, boa parte de hospitais adiarem procedimentos como cirurgias, e darem mais atenção ao Coronavírus.

Eliane Carlos Dos Santos, de 53 anos, é técnica de enfermagem no Hospital Municipal de Santo André em São Paulo. Ela relata que uso de seringas, luvas e máscaras, só no seu setor de trabalho cresceu pelo menos uns 70% a 80%, devido à alta demanda de pacientes.

No Hospital Municipal de Santo André o recolhimento do lixo hospitalar é realizado pela empresa Guima (empresa de limpeza terceirizada). A separação do lixo é feita por setores, cada um cuida de uma parte específica:

Resíduos especiais – Materiais químicos, farmacêuticos e radioativos.

Resíduos gerais – Gerados em áreas administrativas, como, por exemplo, restos de alimentos e embalagens plásticas.

Resíduos infecciosos – São os materiais com presença de sangue humano, como gases, drenos, biopsias, resíduos de diagnósticos, sondas e materiais patológicos.

Depois do recolhimento feito pela empresa Guima dentro do hospital, uma segunda empresa é responsabilizada pelo descarte do lixo.

Eliane também fala que os protocolos de segurança para recolher os resíduos hospitalares mudaram, e se tornaram mais rígidos, uma vez que o risco de contaminação pelo novo Coronavírus é alta.