Bruno Covas e Guilherme Boulos disputam o 2° turno nas eleições paulistana
Covas
do PSDB, e Boulos do PSOL, disputa o segundo turno das eleições no dia 29 de
novembro em São Paulo. Os candidatos seguiram a disputa com maior porcentagem,
respectivamente 32,85%, e 20,24% dos votos.
Foto: produção.
O
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), segue um histórico de prefeitos
e governadores na Cidade e Estado de São Paulo, mesmo com alguns dos
ex-prefeitos terem deixado a prefeitura para as eleições de governador. Considerado
um partido do centro, criado em 1988, traz em sua história figuras
inesquecíveis como José Serra, Geraldo Alckmin, Mário Covas e João Dória, atual
governador de São Paulo.
Nas eleições de 2020, foram eleitos 497 prefeitos
em todo o território brasileiro, segundo o site do TRE. Agora contam com o
segundo turno em alguns estados, e aqui em São Paulo com o Bruno Covas.
Bruno
Covas, 40 anos, é formado em direito na Universidade de São Paulo, e em
economia na Pontifícia Universidade Católica, e atualmente prefeito de São
Paulo. Eleito vice em 2016 e assumindo em 2018, quando o ex-prefeito João Dória
deixou o cargo para concorrer às eleições de governador. Bruno entra no PSDB em
1997, assume a prefeitura em 2004 na cidade de Santos-SP, e logo depois sua
carreira se desenvolveu dentro da política. Covas diz se inspirar muito em seu
avô, Mário Covas, lembrando de seu amor pela democracia.
Durante
o mandato de Covas, houve alguns ocorridos, como o aumento de velocidade nas
Marginais Tietê e Pinheiros, a não construção de corredores ou faixas
exclusivas de ônibus, nem ciclovias, resultando em 31% do crescimento no número
de mortes nas vias, segundo a
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), e o aumento da passagem dos transportes públicos
e um menor tempo de duração das integrações do Bilhete Único.
Na
educação não foi diferente, não houve implementação de um novo projeto nas
escolas municipais durante o seu mandato, mas houve redução de merendas e do
Programa Leve-Leite. A promessa de zerar as filas das creches em um ano, o que
não foi cumprido até os dias atuais, segundo o próprio prefeito Bruno Covas.
Apesar
do prefeito ainda negar sobre a escolha de seu vice ter sido feita pelo atual
governador de São Paulo, com interesse na junção dos partidos MDB com PSDB para
as eleições presidenciais de 2022, admite ter feito uma coligação com
possibilidade de ser indicado um vice.
Ricardo
Nunes, vice de Bruno Covas, é um empreendedor de 53 anos, cursava direito na
FMU, porém ele teve que largar seus estudos, mas logo depois iniciou sua
carreira política no partido MDB (antigo PMDB) no mesmo dia em que tirou seu
título de eleitor. Teve o seu primeiro cargo público em Obras do estado, com 23
anos se candidatou e foi eleito em São Paulo no ano de 2012.
Apesar
de ser um empresário atualmente, ele ainda jovem criou um jornal chamado “Hora
de Ação”, com o intuito de ajudar a população dos bairros da Zona Sul com seus
problemas do cotidiano, tornando o vereador uma
figura que passa a mensagem de ser um “homem que se levou pelos seus próprios
méritos”, aquele que “veio de baixo”, a mesma estratégia usada pelo governador
João Dória.
Entretanto, o candidato a vice-prefeito foi acusado em 2011 por violência doméstica por sua
atual esposa, Regina Carnovale.
Além dessa acusação, ocorreu outra mais recente sobre o envolvimento de Nunes em creches conveniadas à Prefeitura. As unidades são controladas pela Associação Amigos da Criança e do Adolescente (Acria) dirigida por aliados do vereador. A associação mencionada recebeu o dinheiro pela prefeitura para prestação de serviços, solicitados no ano passado, e com essa quantia foi contratada a empresa administrada pela família do vereador.
Partido
Socialismo e Liberdade (PSOL) é considerado um partido de esquerda, composto
por militantes socialistas, e intelectuais de esquerda, criado após a senadora Heloísa
Helena e outros dois fundadores serem expulso do Partido dos Trabalhadores (PT)
por votarem contra um projeto, entendendo que ele estaria indo no sentido
oposto dos servidores públicos.
O
partido defende diversas bandeiras, como, por exemplo, a classe trabalhadora, as
mulheres, os negros, os povos indígenas, além, é claro, os direitos sociais,
como o atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde), uma boa educação pública, e
a não privatização de serviços públicos. Na bancada do congresso o partido
ocupa um menor número, mas com grandes nomes como Ivan Valente (SP), Edmilson
Rodrigues (PA), Áurea Carolina (MG), e agora apostando tudo na candidatura de
Guilherme Boulos com a sua vice Luiza Erundina para prefeito e vice-prefeita da
cidade de São Paulo.
Foto: Facebook: Luiza Erundina, Paraisópolis-SP
Guilherme
Boulos, 38 anos, é professor, bacharelado em filosofia na Universidade de São
Paulo, psicanalista formado na Pontifícia Universidade Católica, escritor
brasileiro, ativista social e coordenador do Movimento Trabalhadores Sem Teto
(MTST) com a líder indígena Sonia Guajajara, projeto que atualmente é espalhado
pelo Brasil.
No
momento ele ministra os Cursos de Extensão na Escola de Sociologia e Política
(ESP) e Cursos Livres pelo Instituto Democratize.
Conhecido
como uma das principais liderança de esquerda, Boulos esteve à frente de muitas
resistências, como no ano de 2016 na campanha “Fora Temer”, e a fundação da
frente “Povo Sem Medo” que reuniu artistas, intelectuais, religiosos, líderes
de movimentos sociais, e partidos, com o intuito de buscar e alcançar um Brasil
melhor. Recebendo o prêmio Santos Dias de Direitos Humanos, concedido pela Assembleia
Legislativa de São Paulo em 2017, e medalhas de Mérito Legislativo em 2016,
pela Câmara dos Deputados em Brasília.
Luiza
Erundina é formada em Assistência Social na Universidade Federal da Paraíba,
mestrado em Ciências Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de
São Paulo. Ainda no estado em que nasceu, assumiu o seu primeiro cargo público
em Campinas Grande (PB), como Secretária de Educação. Após a sua emigração para
São Paulo, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, e
é eleita vereadora de São Paulo, tendo o seu primeiro cargo no estado, e em
1988, tornou-se a primeira prefeita de São Paulo eleita pelo PT.
Em
1999, assumiu o mandato parlamentar na Câmara dos Deputados, atuando até o momento com os seus 85 anos, em busca de uma sociedade justa e de
direitos iguais, integrando a classe trabalhadora, dos excluídos e as minorias.
Erundina
se concentrou na coordenação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão
e o Direito à Comunicação, e faz parte da Bancada Feminina da Câmara dos
Deputados. Integrou a Comissão Especial da Lei Geral das Telecomunicações (PL
7406/2014), a Comissão Mista da MP-759/16 (Regularização Fundiária Rural e
Urbana) e a comissão temporária do caso Marielle Franco E Anderson Gomes.
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