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Artistas transexuais que você precisa conhecer

Por Carol Solis

       Por muitos anos, artistas transexuais foram ignorados e tidos como inferiores apenas por serem quem são. Mas, principalmente nos tempos atuais, a representatividade é essencial, e finalmente, a grande mídia está valorizando talentos do universo LGBTQ+.

       Essas pessoas estão quebrando barreiras por aí e ganhando o merecido respeito. Além de mostrarem para futuros artistas transexuais que não há nenhum problema em ser quem você quer ser e quem você se sente bem sendo. Para celebrar a diversidade, listamos artistas transexuais que são referências no mundo do entretenimento. 

·               Hunter Schafer 


Hunter Schafer se tornou conhecida depois de protagonizar a série Euphoria, sucesso mundial da HBO. Ela já era um rostinho familiar nas passarelas e em ensaios fotográficos, mas a personagem Jules é seu primeiro trabalho nas telinhas. Hunter sempre responde por causas LGBTQI+. Em 2017, a artista lutou contra uma lei da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que impedia que estudantes transexuais pudessem usar o banheiro do gênero que se identificavam. 

·               Hari Nef


Hari Nef é conhecida por seus trabalhos como atriz na série You, da Netflix, e no filme Assassination Nation, de 2018. Mas ela não brilha somente nas telinhas. A norte-americana foi a primeira modelo transgênero a desfilar para a Gucci, uma das grifes mais poderosas da moda. Além disso, em 2017, Hari deu um passo enorme na carreira ao ser o primeiro rosto de uma mulher transexual da marca L’Oréal.

 ·               Caitlyn Jenner 

Bruce Jenner, ex-atleta mundialmente conhecido, surpreendeu muita gente ao assumir sua identidade como mulher em 1º de junho de 2015. Anunciou que, a partir daquele momento, seria conhecido como Caitlyn Jenner. Junto com a capa da Vanity Fair, Caitlyn abriu uma conta no Twitter e escreveu a mensagem: “Estou muito feliz após uma longa luta para viver o meu verdadeiro eu. Bem-vinda ao mundo, Caitlyn. Não vejo a hora de vocês conhecerem ela/eu”.

·               Laverne Cox

Laverne Cox é mais conhecida por dar vida a Sophia, na série Orange is the New Black. Além de artista, Laverne chama a atenção por quebrar barreiras no mundo do entretenimento, como quando se tornou a primeira mulher transexual a ser indicada ao Emmy e estampar a capa da Cosmopolitan. Em entrevista à publicação, ela comentou: “Mulheres trans merecem ser amadas ao ar livre. A voz de vocês importa, a verdade sobre se conhecer é importante. A verdade irá te liberar!”. 

·               Chaz Bono 

Chaz Bono, filho da cantora Cher e de Sonny Bono, é ativista dos direitos LGBT, advogado e ator. Nasceu Chastity Sun Bono e após muitos rumores, revelou ser lésbica em 1995. Ele escreveu dois livros para falar sobre esse processo. Entre 2008 e 2010, ele passou pelo processo de transição de gênero e fez o documentário “Becoming Chaz” para contar tudo. Ao Huffington Post, Chaz declarou: “Então, com frequência as pessoas pensam que estamos tentando enganar outras pessoas por ser algo que não somos. Não. Aquilo não era eu. Agora eu sou quem eu sou”. 


·               Linn da Quebrada 

Linn da Quebrada é uma cantora brasileira que vem chamando a atenção de todos, usando suas músicas como forma de se expressar. A artista colaborou com a fundação da ONG Atravessa (Associação de Travestis de Santo André) e se intitula como “bicha, trans, preta e periférica”. Em entrevista à BBC, ela declarou: “Tudo que a gente faz é política. A roupa que eu escolho para sair na rua é política, a escolha de sair maquiada ou não também. Cada palavra que eu digo numa música ou numa conversa informal é política, tem efeitos e diz respeito a uma atitude, a um posicionamento”.

·               Thammy Miranda 

Thammy Miranda, filho de Gretchen, é um homem trans. Ele cresceu sob o olhar do público como uma mulher, mas revelou ser gay, em 2006, e revelou ser transgênero, em 2014. Até os dias atuais, ele lida com o preconceito e conta abertamente sobre os ataques que sofre nas redes sociais. Recentemente, Thammy recebeu diversas mensagens parabenizando pelo Dia das Mães. Rebateu as pessoas postando uma foto sua ainda como mulher, e usando a legenda “Foi essa mulher aí da foto que me fez o HOMEM que sou hoje! BEEEEM, mas infinitamente bem mais evoluído que vocês”.

·               Laerte 

A cartunista Laerte Coutinho, de 69 anos, começou a desenhar na década de 1970. Ela sempre precisou – e ainda precisa – resistir a diversos ataques que sofre por ser LGBTQI+, e usa a sua arte para transmitir críticas. Laerte afirma que, quando começou a trabalhar com arte, o país vivia uma ditadura civil e militar, e hoje, vive uma ditadura racista e fascista com o governo de Jair Bolsonaro. Ela acredita que “o futuro das produções artísticas LGBTQI+ está na juventude das periferias”.