Artistas transexuais que você precisa conhecer
Por muitos anos, artistas transexuais foram ignorados e tidos
como inferiores apenas por serem quem são. Mas, principalmente nos tempos
atuais, a representatividade é essencial, e finalmente, a grande mídia está
valorizando talentos do universo LGBTQ+.
Essas pessoas estão quebrando barreiras por aí e ganhando o
merecido respeito. Além de mostrarem para futuros artistas transexuais que não
há nenhum problema em ser quem você quer ser e quem você se sente bem sendo.
Para celebrar a diversidade, listamos artistas transexuais que são referências
no mundo do entretenimento.
· Hunter Schafer
·
Hari Nef
Hari Nef é conhecida por
seus trabalhos como atriz na série You, da Netflix, e no filme Assassination
Nation, de 2018. Mas ela não brilha somente nas telinhas. A norte-americana foi
a primeira modelo transgênero a desfilar para a Gucci, uma das grifes mais
poderosas da moda. Além disso, em 2017, Hari deu um passo enorme na carreira ao
ser o primeiro rosto de uma mulher transexual da marca L’Oréal.
· Laverne Cox
Laverne Cox é mais
conhecida por dar vida a Sophia, na série Orange is the New Black. Além de
artista, Laverne chama a atenção por quebrar barreiras no mundo do
entretenimento, como quando se tornou a primeira mulher transexual a ser
indicada ao Emmy e estampar a capa da Cosmopolitan. Em entrevista à publicação,
ela comentou: “Mulheres trans merecem ser amadas ao ar livre. A voz de vocês
importa, a verdade sobre se conhecer é importante. A verdade irá te liberar!”.
· Chaz Bono
Chaz Bono, filho da
cantora Cher e de Sonny Bono, é ativista dos direitos LGBT, advogado e ator.
Nasceu Chastity Sun Bono e após muitos rumores, revelou ser lésbica em 1995. Ele
escreveu dois livros para falar sobre esse processo. Entre 2008 e 2010, ele
passou pelo processo de transição de gênero e fez o documentário “Becoming
Chaz” para contar tudo. Ao Huffington Post, Chaz declarou: “Então, com
frequência as pessoas pensam que estamos tentando enganar outras pessoas por
ser algo que não somos. Não. Aquilo não era eu. Agora eu sou quem eu sou”.
· Linn da Quebrada
Linn da Quebrada é uma
cantora brasileira que vem chamando a atenção de todos, usando suas músicas
como forma de se expressar. A artista colaborou com a fundação da ONG Atravessa
(Associação de Travestis de Santo André) e se intitula como “bicha, trans, preta
e periférica”. Em entrevista à BBC, ela declarou: “Tudo que a gente faz é
política. A roupa que eu escolho para sair na rua é política, a escolha de sair
maquiada ou não também. Cada palavra que eu digo numa música ou numa conversa
informal é política, tem efeitos e diz respeito a uma atitude, a um
posicionamento”.
· Thammy Miranda
Thammy Miranda, filho de
Gretchen, é um homem trans. Ele cresceu sob o olhar do público como uma mulher,
mas revelou ser gay, em 2006, e revelou ser transgênero, em 2014. Até os dias
atuais, ele lida com o preconceito e conta abertamente sobre os ataques que
sofre nas redes sociais. Recentemente, Thammy recebeu diversas mensagens
parabenizando pelo Dia das Mães. Rebateu as pessoas postando uma foto sua ainda
como mulher, e usando a legenda “Foi essa mulher aí da foto que me fez o HOMEM
que sou hoje! BEEEEM, mas infinitamente bem mais evoluído que vocês”.
· Laerte
A cartunista Laerte
Coutinho, de 69 anos, começou a desenhar na década de 1970. Ela sempre precisou
– e ainda precisa – resistir a diversos ataques que sofre por ser LGBTQI+, e
usa a sua arte para transmitir críticas. Laerte afirma que, quando começou a
trabalhar com arte, o país vivia uma ditadura civil e militar, e hoje, vive uma
ditadura racista e fascista com o governo de Jair Bolsonaro. Ela acredita que
“o futuro das produções artísticas LGBTQI+ está na juventude das periferias”.