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O risco da volta às aulas na Educação Infantil

Por Darlene Azevedo

Devido à pandemia, todas as escolas do Brasil foram fechadas para que não houvesse proliferação do COVID-19 entre as crianças e adolescentes, assim evitando novas contaminações. Desde então, os professores estão dando aulas EAD para seus alunos. 

Entretanto, a quarentena está chegando ao fim, e o governo do estado de São Paulo está pretendendo abrir as instituições de ensino no dia 8 de setembro, na 3ª fase de reabertura. O que preocupa muitos especialistas em saúde e educação.


fonte da imagem: https://www.psicoedu.com.br/2020/05/

                 

A pedagoga e especialista de educação, Catarina de Almeida Santos, relatou falhas no planejamento de voltas às aulas infantil, no sistema de ensino público:  "Tem que trocar os equipamentos de proteção, como a máscara, de duas em duas horas! A população brasileira não tem dinheiro para levar esse kit de máscara para a escola e ficar trocando! Se 35% vão, os outros vão para onde? Quem são os que vão? A partir de que critérios? É um conjunto de questões que o nosso Estado objetivamente não está olhando.

Os riscos de contaminação no meio infantil é maior. Crianças brincam, se abraçam, a interação entre elas é essencial e necessária no desenvolvimento de cada uma delas, não há como controlar o distanciamento, além dos materiais que são compartilhados entre si, como por exemplo os brinquedos, as mesas e cadeiras, os lápis. A OMS ( Organização Mundial da Saúde) relatou que a maioria das crianças são assintomáticas e poucas as que ficam em estado grave, mas mesmo assim, podem transmitir para os adultos. 

Stefano de Leo, professor e pesquisador do Departamento de Matemática Aplicada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que todos os países que retomaram as aulas têm sistemas de testagem rígido e em massa: “Aqui a pandemia não está sendo controlada. A abertura vai atrasar o fim da pandemia no Brasil. Quando se abriram escolas na Europa, na Coreia do Sul e em outros países, foi testando muito. Na Coreia do Sul testam alunos e professores duas vezes por dia. Não tem instrumento para poder controlar no Brasil. Se você não testa, não pode abrir! Sinto muito, mas não tem como.”,

fonte da imagem:https://unsplash.com/s/photos/covid

      

Sendo assim, o médico Hélio Bacha, que também é Mestre e Doutor pela USP, opinou que o sistema de Educação Infantil deveria ser a última etapa a regressar. Pois, estudantes do ensino fundamental e médio tem mais condições de seguir as regras e protocolos de segurança, o que diminui as chances de contágio.

Contudo, os alunos foram prejudicados na aprendizagem por causa da pandemia, mas os profissionais das áreas da saúde e educação, afirmam que é melhor as crianças continuarem em casa tendo aula à distância e com a ajuda dos seus pais, garantindo a segurança de seus familiares, do que correrem risco de trazerem o vírus para dentro de casa.