Desrespeito à quarentena e ao isolamento social têm colaborado com a crise
Por Rafael Silva.
Moradores da grande SP
não levam determinações do governo a sério, e o índice de contaminação pode
atingir níveis maiores que em outros países.
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Reprodução rua 12 de outubro. |
Desde a chegada da
pandemia no Brasil, muitas iniciativas foram tomadas para tentar conter o seu
avanço. Seguindo orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), médicos,
especialistas, e governadores defendem que o isolamento social é a maneira mais
segura de evitar a propagação do vírus, porém isso não tem sido cumprido,
mostrando a negligência comportamental da população.
Alguns lugares da capital
têm tido grande número de pessoas reunidas, mesmo sem a liberação completa do
isolamento, é o caso da rua 12 de outubro na Lapa, onde se nota o descaso com a
quarentena. Os bailes funks que
ocorrem nas periferias também tem potencial de disseminação do vírus,
principalmente entre os jovens. Segundo a estudante de Jornalismo Samara
Florêncio, moradora de Osasco, município de São Paulo, os bailes continuam
acontecendo com frequência, se tornando algo preocupante e sério para ignorar,
"Infelizmente as festas voltaram a acontecer de sexta a domingo, é nítida
a aglomeração de pessoas, e sem máscaras".
Recentemente um caso
chamou a atenção no país, um homem que se auto intitulou desembargador, (Eduardo
Siqueira) desrespeitou guardas e rasgou a multa aplicada, isso além das
ofensas. O que gerou repercussão na mídia, mostrando o desrespeito pelas vidas
próximas.
Atualmente o número total
de recuperados no mundo é de 8.721.415, em contrapartida, o Brasil, por exemplo,
pode estar perto de atingir o que é chamado de imunidade de rebanho, situação aonde parte de uma população é atingida por um vírus ou peste, assim desenvolvem
resistência, e a partir disso a taxa de contágio começa a cair
consideravelmente. Em entrevista ao Jornal O Estadão Renato Kfouri, Diretor da
Sociedade Brasileira de Imunização, falou sobre o tema. “Definir um percentual
(de contaminados para a imunidade de rebanho) é temerário porque não depende
apenas do número de infectados, mas das dinâmicas de interação, dos
adensamentos, tipos de moradia. Em alguns locais, é muito mais difícil esgotar
a cadeia de transmissão". |