Como ficam os vestibulares durante e após a pandemia

   Por Larissa Godêncio

Fonte: Brasil Escola

  Com a pandemia do novo Coronavírus e a instabilidade política na pasta de educação o calendário de vestibulares está passando por mudanças bruscas que afetam o planejamento de vários vestibulandos. Enquanto muitas provas foram reagendadas para o ano que vem, outras tantas tornaram-se totalmente digitais.

   O Enem, por exemplo, foi transferido dos primeiros domingos de novembro para os dias 17 e 24 de janeiro – as provas digitais ficaram em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Universidades públicas seguiram o exemplo e também adiaram suas provas para o início de 2021. Embora o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio tenha sido uma demanda de estudantes desde o início da quarentena, para garantir um tempo extra à quem perdeu semanas de aula por causa do isolamento social, a nova data gerou críticas por não considerar a opinião dos próprios candidatos, que preferiam adiar as provas para março.

 Juliana Brand (18), votou na enquete criada pelo Inep para mudança de data e se diz frustrada com o resultado. “Eu não achei muito coerente as opções oferecidas, eram datas muito discrepantes.” Conta “Fora que muita gente não teve a chance de votar, justamente por não ter acesso à internet”.

Novas datas dos principais vestibulares.

   Enquanto isso o setor privado opta por vestibulares totalmente digitais, acelerando um projeto que já ganhava espaço há algum tempo. Muitas faculdades que já realizavam provas online, mas de forma presencial, agora também oferecem a opção de usar notas antigas do Enem ou da própria instituição. Os resultados têm sido mistos, e na segunda-feira a Universidade Presbiteriana Mackenzie tornou-se um dos assuntos mais comentados do twitter após vários estudantes encontrarem problemas nas provas online.

  Programas estudantis que dependem da nota do Enem, como o Sisu e o Prouni, prorrogaram suas datas de inscrição para os processos seletivos de meio de ano e ficaram sem datas para o fim do ano. Com tantas mudanças, além de cuidar do calendário é importante que o estudante cuide de sua saúde mental. Segundo Juliana, “Estudar durante a quarentena é um desafio diário. A ansiedade [...] aumenta, pois, o futuro mostra-se cada vez mais incerto. Portanto, é necessário cuidar ainda mais do emocional durante esse tempo de confinamento.”.