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Crise energética durou mais de 20 dias no Amapá

Por Luciene Sousa                                                                            

Depois que a principal subestação do estado do Amapá pegou fogo, ela enfrentava uma crise de energia de três semanas. De acordo com o Governo Federal, para garantir a segurança do fornecimento de energia, os transformadores de reserva devem estar em operação antes do Natal.


No dia 3 de novembro, após o início de um incêndio na principal subestação do estado, quase 90% do Amapá estava sem energia elétrica e a subestação foi integrada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O Governo Federal e as distribuidoras de energia se comprometeram a normalizar o abastecimento no dia 24 de novembro.

A crise de energia no Amapá, que atinge cerca de 90%, durou três semanas até que o Governo Federal e as distribuidoras de energia garantiram a normalização do fornecimento de energia elétrica.

No entanto, o serviço ainda requer garantias de segurança para que não ocorram mais interrupções. A previsão do Ministério de Minas e Energia (MME) é que a solução entre em operação em dezembro deste ano.

Segundo o Governo Federal, o estado precisa manter dois transformadores para fornecer 100% da energia, e isso já está acontecendo hoje. Além disso, é necessário um terceiro transformador de backup em operação. Quando faltou energia, o terceiro estava em manutenção. O transformador de reserva deve ser instalado antes do Natal.

A primeira queda de energia durou 4 dias, mudou toda a vida de cerca de 765.000 habitantes de Apalma e causou uma série de problemas: afetou o abastecimento de água e as telecomunicações, teve impacto em postos de gasolina com geradores de energia e deu os mercadores causaram danos e não conseguiram manter a comida fria.

O estado enfrentou um novo apagão total em 17 de novembro, que foi resolvido em cerca de 4 horas.

Após a primeira queda de energia, verificou-se que a subestação transformadora (que integra o Amapá e o Sistema Interligado Nacional (SIN)) foi danificada pelo incêndio, e o segundo transformador ficou sobrecarregado e desconectado do sistema. O terceiro dispositivo "Backup" está em manutenção desde dezembro de 2019.

Em relatório preliminar, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) listou uma série de falhas em fábricas, redes de distribuição e subestações que causaram cortes de energia no dia 3. A causa ainda está sendo investigada no ONS. Foi anunciado em 5 de novembro que o prazo inicial para conclusão da investigação era de 30 dias.

Após a queda de energia, o Governo Federal estabeleceu um escritório de crise por meio do Ministério de Minas e Energia para decidir restaurar os serviços e garantir a segurança.

Após 4 dias de queda total de energia, no dia 7 de novembro, o segundo transformador que ficou sobrecarregado durante o incêndio voltou a operar após a manutenção, consumindo 70% da rede elétrica.

No entanto, a restauração é feita por meio do sistema de rodízio anunciado pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Havia um defeito no rodízio e foi feita uma mudança na mesma semana para fornecer energia elétrica para a casa em turnos de três a quatro horas.

Ao mesmo tempo, o governo federal alugou geradores termelétricos para o Amapá por meio da estatal Eletronorte a um preço de cerca de 21,6 milhões de reais. Após 19 dias de crise, o presidente Jair Bolsonaro visitou o Amapá em 21 de novembro e ligou alguns dos geradores durante sua visita. Sua ativação foi concluída apenas na segunda-feira (30).

No dia 24 de novembro, foi colocado em operação um transformador na subestação de Macapá, que partia de Laranjal do Jari, no sul do estado.

O Ministério de Minas e Energia destacou que a subestação deverá funcionar com dois transformadores e ter um terceiro transformador “reserva”.

O Escritório de Crise decidiu que para “melhorar a confiabilidade do fornecimento de energia a todos os usuários do Amapá”, os transformadores da subestação Boa Vista, em Roraima, serão transportados para Macapá e utilizados como backup. Sua evacuação começou nesta quarta-feira (2).

Para a substituição dos equipamentos do Laranjal do Jari, será entregue mais um transformador da subestação no interior de Parra, e sua desmontagem começará também nesta quarta-feira.

O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque também comentou que na próxima segunda-feira (7), em reunião do Comitê de Supervisão do Setor Elétrico (CMSE), será proposto o "Plano Estadual de Energia do Amapá". Durante visita à subestação Macapá na quarta-feira, o ministro disse que a expectativa é que os transformadores "back up" comecem a operar ainda este mês.

"Aquilo que deveria ser já há algum tempo o planejamento aqui do estado do Amapá. São dois transformadores em operação e um reserva. Além disso, temos a usina hidrelétrica de Coaracy Nunes, que está operando normalmente, e contratamos de forma emergencial já 45 megawattss em geração termoelétrica, outras 30 devem estar disponíveis nos próximos dias, talvez ainda nesta semana, e também temos ainda a possibilidade de contratar mais 80 megawattss em geração termoelétrica, se necessário for", descreveu o Ministro.