Pandemia e desemprego motivam brasileiros a abrirem seu próprio negócio
Nicolas Souza
Cerca de 3.359.750 novas empresas foram abertas em 2020
O ano de 2020 foi uma surpresa para todos devido a pandemia do novo coronavírus. Com isso muitas pessoas que perderam seus empregos, ficaram sem fonte de renda para sobreviver, por isso muitas delas resolveram abrir seu próprio negócio. 2020 foi o ano onde mais empresas foram abertas, cerca de 3.359.750, 80% delas são de microempreendedores individuais.
Houve um aumento de 6% no número de pequenas empresas que foram abertas em comparação com a ano de 2019. Em uma entre vista para o jornal do SBT interior, Silvia, uma mulher de 40 anos, aproveitou o momento pandêmico para se tornar uma microempreendedora individual, trabalhando como Personal Organizer. Em entrevista ao jornal ela diz que seu negócio vem dando muito certo desde o início, mas para isso foi preciso realizar três cursos profissionalizantes na área que está atuando agora.
O setor alimentício foi um dos que mais tive aumento em sua demanda, quanto mais pessoas em casa, mais aumenta o consumo de alimentos. Outro setor que teve um crescimento significativo foi o de compras online. O delivery foi um sistema adotado para que as empresas pudessem se reestruturar na logística de entrega de pedidos, uma vez que o distanciamento social se tornou obrigatório, assim como o fechamento de vários estabelecimentos comerciais.
Mesmo depois da reabertura do comércio e da retomada da economia, a tendência é que o delivery continue sendo muito usado, a projeção estimada é que o serviço de entrega seja responsável por pelo menos 30% do faturamento dos negócios, além disso, os microempreendedores também vêm apostando nesse modelo.
O número de empresas criadas no mês de setembro de 2020 no estado de São Paulo chegou a 23.205, segundo dados do Governo divulgados. O valor é o maior da série histórica da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) iniciada em 1998. Isso demonstra a gradual recuperação do estado de São Paulo após o pior período da economia do Brasil e do mundo diante da pandemia da Covid-19.