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A vacina anunciada por Vladimir Putin e a reação negativa da Organização Mundial da Saúde

     Por Lya Fonseca

Vladimir Putin anuncia que a Rússia registrou a primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus. Médicos contestam o lançamento da vacina, afirmando que o país possa tê-la “desenvolvido de forma apressada”. A Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que a vacina não concluiu todos os testes, contudo, sua distribuição já está programada para janeiro de 2021.


Imagem/Reprodução: Pixabay


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que uma de suas filhas já foi vacinada com a vacina lançada pelo país. De acordo com Putin, a vacina russa já passou pelos testes necessários e que é de qualidade duradoura e efeito eficaz contra o novo coronavírus. Porém, cientistas e médicos por todo mundo criticam o lançamento da imunização que não está na lista da OMS.

No outro lado, internautas já criticam reações negativas à vacina, afirmando que no Brasil, o presidente já insultava a utilização de medicamentos que não havia confirmações médica, por exemplo.

O ministro da saúde do governo russo, Mikhail Murashko, afirma que a vacina desenvolvida é “uma grande vitória da humanidade”, e que é totalmente segura e comprovadamente eficaz.

Sistemas de vacinação:

Putin afirma que a produção em massa comerá em setembro e que os primeiros a serem vacinados serão autoridades russas, médicos, professores e pessoas dos grupos de risco. Em outubro será a vacinação em massa. A vacina será totalmente voluntária.

 Vladimir Putin afirma que sua filha — que tinha sintomas da doença — já recebeu a vacina e já apresenta melhora.

A reação da Organização Mundial da Saúde:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já entrou em contato com o governo russo sobre o andamento de produções e testes da vacina. No entanto, a vacina ainda não passou pela avaliação da entidade mundial.

            “Uma vacina só pode ser aplicada em qualquer lugar do mundo depois que realizar os ensaios clínicos das fases 1, 2 e 3 e comprovar sua segurança e sua eficácia”, declara Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

            Equipes e comunidades médicas demonstram desconfiança com a produção russa e afirmam que não iriam recomendar a vacina. Tal reação deve-se à falta de resultados publicados, como se é comumente realizado em situações de novas vacinas e medicamentos.

O estado brasileiro do Paraná faz acordo para produzir vacina russa:

O governo do estado brasileiro do Paraná anunciou futuro acordo com o Estado russo para a produção das vacinas. O acordo compreende movimentação da tecnologia e importação e distribuição por toda a América Latina.

A vacina, para ser aplicada no Estado, precisa passar pelo controle da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Os testes clínicos para produções em massas são realizados em 3 (três) etapas. E uma vacina pode levar anos até serem confirmadas como seguras e disponíveis.

Atualmente estão em desenvolvimento mais de 160 vacinas contra o Sars-Cov-2­— nome oficial do vírus denominado pela OMS, que atinge o mundo.

 Como publicado pelo Jornal Folha, “o secretário da Casa Civil do Paraná apontou que a escolha do governo russo de não seguir os protocolos da OMS (Organização Mundial de Saúde) não preocupa a gestão estadual, já que os procedimentos daqui para frente seguirão as regras brasileiras”.